sexta-feira, 13 de junho de 2008

Manifesto ao Conselho Geral

Encontra-se em poder da Comissão eleitoral que coordena a eleição marcada para 25 de junho de 2008, dois recursos solicitados pelo Movimento Pó de Giz representado pela chapa 3 – CPERS LIVRE E FORTE.
O primeiro recurso protocolado em 2/06/08 solicitou a impugnação das eleições e o segundo entregue em 6/06/08 pediu a impugnação das chapas 1 e 2, a impugnação do processo eleitoral em andamento e encaminhamento a este Conselho Geral do indicativo de afastamento dos quatorze membros da diretoria inclusos na denúncia.
Até aquele momento não tínhamos conhecimento de que o décimo quinto membro da diretoria encabeçaria a chapa 4, pois se inscreveram no último dia do prazo previsto no regimento eleitoral.
As denúncias de uso da máquina administrativa em benefício próprio incluiu os quatorze membros da atual diretoria que se encontram distribuídos pelas chapas 1 e 2, porém não descartamos a hipótese de que o décimo quinto elemento não tenha usado de mesmo expediente. As planilhas de roteiro dos motoristas bem como quais dirigentes se encaminharam aos Núcleos (que já devem estar em poder da Comissão Eleitoral) podem esclarecer essa questão.
Entendemos que ao se apoderarem do patrimônio do Sindicato (carros, diárias, material de expediente e serviço postal) os dirigentes usaram de seus cargos para se beneficiarem na campanha eleitoral em prejuízo da terceira chapa concorrente ferindo o Estatuto do CPERS/Sindicato.
O tamanho do RS e o número de escolas a serem percorridas por qualquer chapa incorre num gasto bastante elevado e dificulta que todas as propostas da ação cheguem a todos os sócios, daí o Estatuto da Entidade, no artigo 46, assegurar igualdade de acesso aos recursos materiais da mesma a todo aquele que inscrever chapa. Noutro capítulo está previsto a perda de mandato dos membros que agirem contrariamente ao referido estatuto. Por esse motivo encaminhamos a este Conselho Geral do CPERS o pedido de afastamento dos quatorze membros inclusos nas denúncias.
Cabe ressaltar que o Movimento Pó de Giz já apresentou ao longo dos últimos anos várias denúncias deste tipo, tais como uso dos carros para a defesa das teses dos Congressos Estaduais, de despesas pagas para militantes partidários que passavam a noite guardando lugar para obter fichas de inscrição para falarem em assembléia no Gigantinho, de irregularidades nos núcleos de Três Passos, Rio Grande e Cachoeira do Sul. Sendo que apenas sobre os dirigentes do núcleo de Cachoeira do Sul o Conselho Geral fez pesar o Estatuto da Entidade. Sobre a perda de mandato e suspensão de seus direitos sindicais por seis anos dois dirigentes do núcleo recorreram em assembléia geral fazendo suas defesas no Gigantinho onde tiveram indeferimento.
Em 18/07/2003, na gestão de Juçara Dutra Vieira, chegamos a exigir uma auditoria externa independente que apresentasse seus resultados a uma comissão representativa de todas as forças enquanto a diretoria contratava uma empresa como consultora com contas prestadas à direção central numa sistemática viciada já no seu inicio.
Outro fato marcante denunciado por nós foi a atuação da Interlig, empresa da área de comunicação que elaborou panfletos de cunho político-partidário além de promover pesquisa de opinião junto ao associado norteando campanha eleitoral da então chapa 2 provocando, às vésperas das eleições 2005, troca de candidatura de Selene Michielin por Simone Goldschmidt e Neida Oliveira na “oposição”.
Agora, às vésperas dessa eleição, voltamos a ver representantes da referida empresa já que foram recontratados, e denúncias de outra pesquisa nortear campanha eleitoral. Novamente as peças do tabuleiro se alteram. Oito membros da atual direção passam para a “oposição” sem, no entanto, abdicarem dos seus cargos. Entre eles, Rejane de Oliveira mais Neiva Lazzarotto encabeçando a chapa 1 e Alex Saratt encabeçando a chapa 4.
Essa utilização indevida de consultoria de comunicação e marketing já havia sido denunciada por nós quando em 1996 tomamos conhecimento de correspondência enviada por Cláudia Moritz onde oferecia serviços apenas para as chapas eleitas nos núcleos que fossem alinhadas com a chapa 2 – Muda Cpers, encabeçada por Lúcia Camini que tomaria posse no dia 9 de agosto. Na época perguntamos se estaria sendo iniciada uma etapa de discriminação entre os núcleos e que outras regalias teriam esses núcleos em detrimento dos demais.
De lá pra cá já se passaram doze anos. E nossas denúncias caíram no vazio. A hegemonia partidária dentro do Sindicato criou uma couraça onde só é investigado ou aprovado o que interessa a essa maioria que com certeza não é a categoria.
O discurso do Movimento Pó de Giz que questionava a partidarização da Entidade, que defendia a desfiliação da CUT, que queria devolver o sindicato aos seus legítimos donos: a categoria antes alardeado como atrasado passou a constar agora do plano de ação de todas as demais chapas.
A tentativa de apropriação do nosso discurso prova que o Pó de Giz sempre esteve certo em seu posicionamento, pois soube fazer a leitura correta dos anseios de professores e funcionários (e sem precisar de pesquisa).
Frente ao exposto, queremos que esse conselho analise com toda a responsabilidade que o cargo de conselheiros lhes impõe o indicativo de perda de mandato desta direção.
E entendendo que toda crise permite avaliação e amadurecimento e que esse assunto é do interesse dos professores e funcionários queremos que o debate se torne público pois requer a necessidade se discutir amplamente as formas de financiamento da campanha eleitoral, a reforma estatutária para estabelecer o licenciamento de cargos para membros da diretoria que por ventura venham a disputar novo pleito eleitoral e outras questões, bem como uma forma mais moderna e confiável de se proceder as eleições.
De tudo isso fica claro. Mais do que nunca o que deve valer é a carteira de sócio do Sindicato. É preciso resgatar a escola como espaço de debate. A defesa constante do pluralismo e a autonomia sindical.
A participação ativa de todos é a consolidação da democracia no Sindicato e no Brasil.




Encontra-se em poder da Comissão eleitoral que coordena a eleição marcada para 25 de junho de 2008, dois recursos solicitados pelo Movimento Pó de Giz representado pela chapa 3 – CPERS LIVRE E FORTE.
O primeiro recurso protocolado em 2/06/08 solicitou a impugnação das eleições e o segundo entregue em 6/06/08 pediu a impugnação das chapas 1 e 2, a impugnação do processo eleitoral em andamento e encaminhamento a este Conselho Geral do indicativo de afastamento dos quatorze membros da diretoria inclusos na denúncia.
Até aquele momento não tínhamos conhecimento de que o décimo quinto membro da diretoria encabeçaria a chapa 4, pois se inscreveram no último dia do prazo previsto no regimento eleitoral.
As denúncias de uso da máquina administrativa em benefício próprio incluiu os quatorze membros da atual diretoria que se encontram distribuídos pelas chapas 1 e 2, porém não descartamos a hipótese de que o décimo quinto elemento não tenha usado de mesmo expediente. As planilhas de roteiro dos motoristas bem como quais dirigentes se encaminharam aos Núcleos (que já devem estar em poder da Comissão Eleitoral) podem esclarecer essa questão.
Entendemos que ao se apoderarem do patrimônio do Sindicato (carros, diárias, material de expediente e serviço postal) os dirigentes usaram de seus cargos para se beneficiarem na campanha eleitoral em prejuízo da terceira chapa concorrente ferindo o Estatuto do CPERS/Sindicato.
O tamanho do RS e o número de escolas a serem percorridas por qualquer chapa incorre num gasto bastante elevado e dificulta que todas as propostas da ação cheguem a todos os sócios, daí o Estatuto da Entidade, no artigo 46, assegurar igualdade de acesso aos recursos materiais da mesma a todo aquele que inscrever chapa. Noutro capítulo está previsto a perda de mandato dos membros que agirem contrariamente ao referido estatuto. Por esse motivo encaminhamos a este Conselho Geral do CPERS o pedido de afastamento dos quatorze membros inclusos nas denúncias.
Cabe ressaltar que o Movimento Pó de Giz já apresentou ao longo dos últimos anos várias denúncias deste tipo, tais como uso dos carros para a defesa das teses dos Congressos Estaduais, de despesas pagas para militantes partidários que passavam a noite guardando lugar para obter fichas de inscrição para falarem em assembléia no Gigantinho, de irregularidades nos núcleos de Três Passos, Rio Grande e Cachoeira do Sul. Sendo que apenas sobre os dirigentes do núcleo de Cachoeira do Sul o Conselho Geral fez pesar o Estatuto da Entidade. Sobre a perda de mandato e suspensão de seus direitos sindicais por seis anos dois dirigentes do núcleo recorreram em assembléia geral fazendo suas defesas no Gigantinho onde tiveram indeferimento.
Em 18/07/2003, na gestão de Juçara Dutra Vieira, chegamos a exigir uma auditoria externa independente que apresentasse seus resultados a uma comissão representativa de todas as forças enquanto a diretoria contratava uma empresa como consultora com contas prestadas à direção central numa sistemática viciada já no seu inicio.
Outro fato marcante denunciado por nós foi a atuação da Interlig, empresa da área de comunicação que elaborou panfletos de cunho político-partidário além de promover pesquisa de opinião junto ao associado norteando campanha eleitoral da então chapa 2 provocando, às vésperas das eleições 2005, troca de candidatura de Selene Michielin por Simone Goldschmidt e Neida Oliveira na “oposição”.
Agora, às vésperas dessa eleição, voltamos a ver representantes da referida empresa já que foram recontratados, e denúncias de outra pesquisa nortear campanha eleitoral. Novamente as peças do tabuleiro se alteram. Oito membros da atual direção passam para a “oposição” sem, no entanto, abdicarem dos seus cargos. Entre eles, Rejane de Oliveira mais Neiva Lazzarotto encabeçando a chapa 1 e Alex Saratt encabeçando a chapa 4.
Essa utilização indevida de consultoria de comunicação e marketing já havia sido denunciada por nós quando em 1996 tomamos conhecimento de correspondência enviada por Cláudia Moritz onde oferecia serviços apenas para as chapas eleitas nos núcleos que fossem alinhadas com a chapa 2 – Muda Cpers, encabeçada por Lúcia Camini que tomaria posse no dia 9 de agosto. Na época perguntamos se estaria sendo iniciada uma etapa de discriminação entre os núcleos e que outras regalias teriam esses núcleos em detrimento dos demais.
De lá pra cá já se passaram doze anos. E nossas denúncias caíram no vazio. A hegemonia partidária dentro do Sindicato criou uma couraça onde só é investigado ou aprovado o que interessa a essa maioria que com certeza não é a categoria.
O discurso do Movimento Pó de Giz que questionava a partidarização da Entidade, que defendia a desfiliação da CUT, que queria devolver o sindicato aos seus legítimos donos: a categoria antes alardeado como atrasado passou a constar agora do plano de ação de todas as demais chapas.
A tentativa de apropriação do nosso discurso prova que o Pó de Giz sempre esteve certo em seu posicionamento, pois soube fazer a leitura correta dos anseios de professores e funcionários (e sem precisar de pesquisa).
Frente ao exposto, queremos que esse conselho analise com toda a responsabilidade que o cargo de conselheiros lhes impõe o indicativo de perda de mandato desta direção.
E entendendo que toda crise permite avaliação e amadurecimento e que esse assunto é do interesse dos professores e funcionários queremos que o debate se torne público pois requer a necessidade se discutir amplamente as formas de financiamento da campanha eleitoral, a reforma estatutária para estabelecer o licenciamento de cargos para membros da diretoria que por ventura venham a disputar novo pleito eleitoral e outras questões, bem como uma forma mais moderna e confiável de se proceder as eleições.
De tudo isso fica claro. Mais do que nunca o que deve valer é a carteira de sócio do Sindicato. É preciso resgatar a escola como espaço de debate. A defesa constante do pluralismo e a autonomia sindical.
A participação ativa de todos é a consolidação da democracia no Sindicato e no Brasil.